Antes uma história
Antes vamos voltar um pouco na história do reboot de MK (ou MK9) em 2011. Depois dos eventos dos últimos MK terem causado uma guerra sem limites, Raiden voltou sua consciência para o passado para alertar sobre os eventos do futuro. Assim, a nova história foi reescrita e Shao Khan derrotado, sem engatilhar eventos que ocasionassem um mal maior... só que não.
MK X pega o gancho final da história do jogo anterior (que é um resumo de MK1, 2 e 3) e simula os mesmos eventos de MK 4. O vilão da vez é Shinokki (um Elder God como Raiden) e seu lacaio Quan Chi. Algumas coisas mudaram entretanto. Muitos heróis estão mortos e cabe ao grande Johnny Cage e sua namoradinha Sonya Blade darem um fim aos planos do vilão. E conseguem! Prendem ele em seu famoso amuleto e o futuro é (quase) alterado.
A história então nos apresenta à um quarteto inusitado: Cassie Cage (filha de Johnny Cage com Sonya Blade) que tem as técnicas de combate de ambos (e a dublagem controversa da cantora Pitty na versão em português), Jacqui Briggs (filha de Jax) com o estilo estilo do pai, Kung Jin, herdeiro de Liu Kang e Kung Lao (o oficializado pela empresa como o gay da turma - não que isso mude algo) e Takeda, filho de Kenshi com tecnicas de combate de Kenshi e Scorpion (antes que você pense besteira, Takeda foi treinado por Scorpion). Juntamente com outros veteranos, eles deverão enfrentar novos e velhos inimigos contra um possível retorno de Shinokki.
O game apresenta tramas interessantes, porém ainda com o critério vamos brigar e não conversar - porém não descontrolado como em Injustice "Oh quem é você? Vamos lutar!"- As razões para uma luta tentam ser mais plausíveis.
Mas quem se interessa pela história?
Afinal de contas é um jogo de luta! O game conta com novos Fatalities, o retorno dos Brutalities (agora mais técnicos), gráficos melhorados e cheios de detalhes, novos designs de personagens (como a possibilidade de jogar com Scorpion sem a roupa de ninja), novos cenários e um modo online cooperativo bem interessante mas que talvez demore para pegar.
Nesse modo, você escolhe um clã e conforme joga offline, contribui para o seu clã. O resultado são golpes especiais que ficam disponíveis se seu clã vencer e prêmios em Koins (moedas) para trocar no modo Krypt. Ainda no modo clã, você pode aderir a eventos a fim de dar mais pontos para seus membros de time de diversas partes do mundo.
Questionáveis DLCs
O game contará com diversos DLCs, Os divulgados até então não estão in game porém existem 4 personagens que não são controlados mas que você luta contra: Rain (com magias lindas e repaginadas), Sindel, Baraka e o modo o modo Evil de Shinokki. Seriam eles DLCs pagos? Pagos ou não, o fato de estarem no jogo, mas não serem controlados, é um pouco decepcionante.
Veredito
O game dá um passo a mais na franquia, sendo uma continuação digna de respeito. Quando a Midway se uniu à Warner Games e reiniciou a franquia em 2011, contando uma nova história de um Raiden que buscava um futuro promissor assim fez seu criador, Ed Boon, que sonhou com um futuro melhor. E ele chegou, e está muito bom! Longa vida ao MK!
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Mortal Kombat X - Review
O melhor: Nova história, novos personagens, personagens repaginados, golpes melhorados, uma grande inovação
O pior: Rain, Sindel e Baraka ficaram de fora mesmo sendo personagens controlados pela máquina
Nota [1-5]:4,0
Postado por Fernando Jácomo às 20:23 0 comentários
Marcadores: Games, games-review, Mortal Kombat, MortalKombat Games
domingo, 14 de junho de 2015
Sense 8 - Review
Mas
Alguns dias atrás quando li a notícia que atores de Sense 8 estavam participando da Parada Gay 2015 em São Paulo, estranhei um pouco qualquer conexão que pudesse haver com o tema. Pensei: "deve ser uma série com atores gays ou gay friendly". Quando vi as imagens, vi que o Said de Lost (Naveen Andrews) estava com sua regata. Pensei na minha ignorância: "Nossa! O Said é gay!".
O que eu sabia na minha crescente ignorância, era que Sense 8 era apenas uma série com o Said de Lost (aqui Naveen interpreta Jonas) e Daryl Haannah - a sereia de Splash e a Elle Driver de Kill Bill -, ambos dirigidos pelos irmãos Wachowski (trilogia Matrix) e com algum tipo de relação com o longa confuso Cloud Atlas (aqui conhecido como "A viagem"). E só!
Assim permaneci ignorante, até os episódios entrarem no Netflix Brasil algumas semanas atrás...
Sense 8 é uma experiência
Sense 8 trata de 8 desconhecidos, de 8 cidades diferentes que dentro de suas imperfeições conseguem da noite para o dia, se comunicarem, se verem e até oferecerem "seus talentos pessoais" uns para os outros. Cada um com seus dilemas, eles entendem que precisam uns dos outros para se ajudarem e para poderem evitar que o pior aconteça - mesmo estando fisicamente separados.
O novo seriado vai além e aborda como os seres humanos podem se conectar e se entenderem sem se importarem com barreiras como sexualidade, drogas, loucura, criminalidade, religião, pobreza e desamor. É uma série que elimina os preconceitos e eleva diversos questionamentos à um novo patamar.
Hoje no Brasil, vivemos um momento único de discussão onde ambos os lados se atacam. O time azul ataca o time vermelho e assim vice-e-versa. Cada vez há mais intolerância e menos espaço para amar. Sense 8 chega aqui e mostra à sociedade preconceituosa (especialmente a nossa) a quebra de um paradigma, criando uma série de questionamentos: o que nos ligam efetivamente uns aos outros? O quanto vale amar alguém sem se importar com suas diferença? Completamos o outro suficientemente? O que são nossos defeitos a não ser espelho dos defeitos de outras pessoas?
Uma lista de indagações que justificam porque o elenco estava participando da Parada Gay no Brasil. O filme no final, nos vende um ideal e um convite à uma experiência de quebrar os paradigmas em prol de um bem maior: o amor.
Técnica e continuidade
Os irmãos Wachowski tiveram que lidar com o maior problema dos filmes de hoje em dia: continuidade. São diversas cenas intercaladas ao redor do mundo com diversos personagens que precisam se encontrar e se ajudar.
Infelizmente esse é o maior pecado da série, que tenta se utilizar de alguns recursos repetidos de filmagem para poder se sustentar, como o apartamento de Nomi, que vira um QG da personagem e até mesmo da série - luzes acesas na casa de uma personagem mundialmente procurada.
Aumente isso ao fato de calendários apontarem datas erradas em diferentes momentos (o julgamento de Sun ocorre em Setembro, segundo um calendário no tribunal, mas alguns episódios depois, todos comemoram o 4 de julho).
Porém não estraga a experiência e a tendência é que isso diminua. Quem sabe o maior problema seja criar uma segunda temporada igualmente impactante sem se apegar a clichês como a série Heroes ou ficar preso no mesmo questionamento por anos sem evolução, como The Walking Dead.
Continuar e concluir uma boa história também é um grande desafio para os Wachowski que ainda carregam uma estigma grande pelos seus filmes (Matrix?)
Veredito
Sense 8 é uma série singela que infelizmente se for vista por uma ótica limitada, fundamentalista e preconceituosa tende a ferir a utópica "família brasileira" que se fecha em um mundo que grita para que as barreiras mesquinhas sejam quebradas.
Quem sabe eu esteja enganado e algumas pessoas mudem sua ótica: Em um momento tão complicado em que o Brasil anda na corda bamba das discussões entre o Estado ser laico ou cristão, Sense 8 dá um balde de água fria em todas as barreiras e em ambos os times.
Um mundo que pede por ajuda, pede por mais ação e menos oração. Pede por amor e caridade real, não preservações distópicas de uma realidade que sequer existe. Basta sair na rua e ver que condenações e cartazes não são mais suficientes. Sense 8 poderia se passar no Rio ou em São Paulo, afinal todos estamos conectados, só não sabemos lidar direito com isso.
O melhor: Conceito inovador e aborda questões difíceis de forma visceral e carnal mas ao mesmo tempo respeitosa
O pior: Podia ter um nucleo brasileiro, por que não?
Nota [1-5]:4,5
Postado por Fernando Jácomo às 23:17 0 comentários
Marcadores: lost, matrix, netflix, sense8, thewwachowski
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Knack - Review
O primeiro game plataforma chegou em 2013 com a promessa de desbancar Sonic e Mario mas sem fazer a lição de casa direito.
Uma evolução simulada
Knack começa com muita ação, um ataque de orcs a civilização utilizando máquinas e artilharia pesada. Em seguida apresenta um grupo de cientistas onde um possui a solução para os problemas: um herói que é formado por relíquias que também são utilizadas como fonte de energia para a mesma civilização moderna, esse herói é Knack. A aventura então começa, com diversos personagens e desafios, fase após fase, você controlará Knack a fim de resolver o problema com os orcs e até mesmo intrigas internas...
O personagem tem a capacidade de se alimentar de mais relíquias e continuar crescendo, a ponto de ficar do tamanho de prédios e poder atacar cada vez mais inimigos cada vez maiores.
Uma grande promessa hein? Mas tudo extremamente controlado. Em questão de segundos o herói pode aumentar consideravelmente de tamanho e em outros demorar uma fase toda coletando relíquias e continuar pequeno. Não há uma lógica. Knack pode crescer, mas somente quando o jogo quer. Calma aí, isso é um playstation 4! Vamos Sony, você pode mais!
O grupo de cientistas possui motivações fracas, sendo desprezíveis para a trama. Mas aí você diria: é um game para crianças, para que complicar? Realmente não há complicações, o que seria bom, porém o roteiro se atrapalha: em certos momentos os amigos acompanham o herói do ponto A ao ponto B utilizando ganchos, máquinas e atalhos. Para abrir portas ou acionar dispositivos, o herói precisa se livrar de relíquias (lembram que funcionam como fonte de energia?) e consequentemente ficar menor. Custava alguém ter emprestado o lança-gancho para o herói também cortar alguns caminhos.
Veredito
No final Knack é um jogo bem linear que oferece uma trama razoavelmente simples, mas um roteiro bem arrastado e com furos, cheio de idas e vindas. O game diverte e possui alguns desafios legais, porém após algumas horas enjoa - o ultimo chefe pelo menos vale a pena. A dublagem é muito boa e é uma boa opção para a criançada. O game possui modo para 2 jogadores, porém o 2° personagem é uma projeção esquisita do Knack. No melhor estilo Tails, pode morrer e voltar a hora que quiser como em Sonic 2. Mas não me entenda mal, Knack está bem longe do Sonic.
Plataforma: PS4
Desenvolvedora: Japan Studios
O melhor: Dublagem
O pior: História arrastada
Nota (1-5): 2,5
Knack em sua forma pequena |
Postado por Fernando Jácomo às 21:34 0 comentários
Marcadores: Games, games-review, playstation
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