segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Video Games Live 2015 - 10 anos - Review

Resultado de imagem para vgl brasil 2015Sem a empolgação de 10 anos atrás onde a VGL chegava a passar por 3 capitais brasileiras em uma única turnê, a VGL 2015 surpreende e nos faz lembrar porque gostamos tanto dela.

VGL - Um projeto arriscado

Video Games Live de Tommy Talarico é hoje um projeto não só genial como também arriscado e volátil ao seu tempo. O musical que reúne apresentações instrumentais de diversas franquia dos games, que hora tenta se provar como arte à si mesmo, apresenta um setlist de arranjos que dependem de diversos acordos comerciais que vão desde licenciamento até uma despesa com uma equipe tão complexa quanto qualquer show de rock internacional.

No Brasil, com o apoio da nossa amada e odiada Petrobras (que recebeu seus respeitosos aplausos durante o show) e da orquestra Vila-Lobos e tem pelo segundo ano consecutivo o Teatro Bradesco como suporte.  

Toda essa estrutura é palco (literalmente) para um belíssimo show, porém caro. Bem caro! Em tempos de crise a VGL 2015 tinha o desafio de honrar os ingressos vendidos e mostrar porque há 10 anos está no mercado - de forma invicta em São Paulo.

Como sair da mesmisse?

Quando o show se iniciou e o carismático Tommy toca o tema de Castlevania (para ele é obrigatório e ritualístico) muitos pensaram: "ok, mais um show com as mesmas músicas". Isso se reforçou mais ainda quando o 'mestre de cerimônia' diz que tocará as melhores músicas dos últimos 10 anos. 

Com o suporte da maestra e compositora Eimear Noone e da multi-instrumentalista Laura Intravia, o show começa com clássicos como Megaman e Skyrim com quebras incríveis como o tema de Donkey Kong na flauta e o som de abertura de Metal Gear Solid 3, 'Snake Eater', digna de qualquer trilha de 007. A primeira parte termina com o tema de Tetris no ritmo costumeiro. Nada de muito novo aos fãs de longa data.

Porém, na segunda metade, o nível se eleva e Tommy para de brincar. O ato inicia-se com uma versão já conhecida de Street Fighter e passa para o ramo de trabalho de Eismer como compositora da Blizzard com Heartstone e World of Warcraft onde a orquestra e um vídeo da cantora e youtuber  Maluka se misturam em um único som. Uma experiência quase única que extrapola os limites do que acontece ali. (uma versão pode ser conferida aqui)

Talarico toca as músicas dos aclamados Grim Fandango, ICO e Command & Conquer Red Alert (inédita no Brasil) e apresenta o tema mais pedido pelos fãs ao redor do mundo e inédita em todas as turnes: Ace Attorney junto com a promessa de uma versão instrumental exclusiva de Top Gear - culpa dele que apresentou uma versão em piano na VGL de 2012.

Por fim, um dos membros da família Lima sobe ao palco e a clássica One Winged Angel de Final Fantasy VII é performada ineditamente com direito a solos de celo. Tommy recebe uma bandeira do Brasil e se emociona para o encerramento 'The cake is a lie".

A sensação pós-show é que valeu a pena e o nível se elevou consideravelmente. A expectativa para 2016 será maior.

Nota (1-5): 4,5
O melhor: World of Warcraft e a maestra Eismer (certos momentos ela rouba a cena flutuando no ar suas mãos)
O pior: Precisa mesmo de um concurso de cosplay no início do show?


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