terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Games Review - Assassins Creed Rogue

Novo AC aposta em abordar o mundo dos templários na despedida da geração PS3 e X360.

Um ano após o lançamento de Assassin’s Creed 4 Black Flag e em meio à empolgação pelo novo Assassin´s Creed Unity (exclusivo para as novas gerações), chega o inesperado Assassin´s Creed Rogue, o ultimo game da franquia para uma grande geração que se despede – ou um prêmio de consolação.

E da mesma forma que o game surge no mundo real de forma ofuscada, assim também é sua história, que tenta recriar a pouco conhecida Guerra dos 7 Anos acompanhando Shay, um ex-assassino que ‘trai’ sua irmandade, unindo-se aos inimigos templários, para evitar que uma tragédia maior aconteça. O game é muito bom em mostrar a ambiguidade de sentimentos mas peca em recriar os mesmos modelos do game anterior em uma tentativa de ser importante. A tragetória de Shay não consegue trazer a mesma importância e carisma de Edward Kenway, e acaba sendo ok – sem armas novas, sem jogabilidade nova, sem nada novo.

Porém o game conta com algumas novidades como três amplos cenários, incluindo parte dos lagos do hemisfério norte, o atlântico norte com geleiras e diversos locais para exploração e, adicionalmente, traz uma NY divertida e cheia de pontos interessantes. Existem reconstruções para fazer, fortes para ocupar – tanto nos moldes de Brotherhood quanto de AC4 – contratos de assassinato, navios, aumento de renda no banco entre muitas coisas para fazer – algo mais do que um “AC com gelo”, talvez para substituir a ausência de um mundo online.

Na história principal, aos poucos você precisa eliminar aqueles assassinos dos quais te treinaram, utilizando técnicas parecidas. E por isso, não chega a ser 100% descartável. Ela faz uma ponte entre AC 4 e AC3 (que se passam cronologicamente nessa ordem) e encerra em um gancho muito legal com AC Unity. Adicionalmente fecha algumas pontas soltas de personagens de outros games e adiciona bons momentos de ação (você vai querer jogar a fase de Lisboa).

Mas no fim, Shay não é nem pirata, nem assassino, nem templário, nem vilão. Tem boas intenções, mas é ofuscado por Edward Kenway. Tem os mesmos itens (mesmo que de formas diferentes) e não tem nada de adicional. “Quem diria que Shay poderia ser tão interessante?”, narram fora do Animus. Sim, ele é, mas seus objetivos, seus sonhos e seu papel, são apenas inspirações de um futuro e uma história melhor. São fantasmas de Assassin´s Creeds melhores, sem uma essência própria.

No final, fica uma mágoa e a vontade de querer jogar de novo Black Flag, simplesmente porque é mais legal, simples assim.



Plataforma: Xbox 360, PS3
Desenvolvedora: Ubisoft
O melhor: Compilação do melhor de Assassin´s Creed 3 e 4
O pior: Você vai se esquecer desse game
Nota (1-5): 3,0
O alvo agora são assassinos
O visual ainda é surpreendente e toma o ártico como cenário principal

Shay luta para conquistar seu espaço entre grandes personagens como Ezio, Edward, Altair e Connor

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